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Testes e tribulações depois da conversão (parte 2 de 2)

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Descrição: Uma breve discussão sobre como os Profetas e Companheiros enfrentaram provações e tribulações com taqwa e paciência.

Por Aisha Stacey (© 2012 NewMuslims.com)

Publicado em 06 Dec 2019 - Última modificação em 25 Oct 2016

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Objetivo:

·Aprender a imitar nossos predecessores virtuosos.

Termos em árabe:

·Taqwa - Respeito ou temor de Allah, piedade, consciência de Deus. Ela descreve um estado de consciência de Allah em tudo o que se faz.

·Sahabah - O plural de sahabi, que é traduzido como "companheiros". Um sahabi, como a palavra é comumente usada hoje, é alguém que viu o Profeta Muhammad, acreditou nele e morreu como muçulmano.

·Shaytan - Às vezes escreve-se Shaitan ou Shaytaan. É a palavra usada no Islam e na língua Árabe, para denotar o demônio ou Satanás, a personificação do mal.

·Sunnah – A palavra Sunnah tem vários significados segundo a área de estudo; contudo o significado que geralmente se lhe atribui é: palavras, ações e aprovações do Profeta.

Trials2.jpgUma das coisas verdadeiramente reconfortantes sobre o Islam é saber que tudo acontece pelo decreto de Allah. Nem uma folha cai, ou um pássaro canta, nem um bebê nasce ou um edifício é erguido sem a anuência e o conhecimento de Allah. Ele é o criador do universo e o autor de nossas vidas; é responsável pelos bons e pelos maus (como os percebemos), os tempos de dificuldade e os de facilidade. É reconfortante saber com certeza que nossa existência faz parte de um mundo bem ordenado e que a vida está se desenvolvendo como deveria; é um conceito que traz serenidade e paz.

“E, em verdade, pomo-vos à prova, com algo do medo e da fome e da escassez de riquezas e de pessoas e de frutos. E alvissara o Paraíso aos perseverantes.” (Alcorão 2:155)

Os profetas de Allah eram homens justos, cheios de taqwa, mas eles também foram confrontados com provações e tribulações. Eles enfrentaram suas provas com paciência e até gratidão, e somos capazes de aprender com suas experiências. Foram perseguidos por suas próprias comunidades e sofreram. O profeta Noé chamou seu povo a Allah dia após dia, ano após ano, por 950 anos, e todos os dias ele suportou escárnio até que, finalmente não conseguiu mais, e Allah o resgatou e aos crentes, não apenas da crescente inundação, mas também do mal do povo. O profeta José foi abandonado por seus irmãos, jogado em um poço, vendido como escravo e passou muitos anos na prisão. Como Noé, ele nunca deixou sua fé em Allah vacilar. Seu taqwa era seu escudo.

Como seres humanos, sofremos muitas provações e tribulações na forma de enfermidades, doenças e condições médicas, mas não mais que o Profeta Jó. Apesar de todas as perdas que sofreu, perda de riqueza, posses e família, ele permaneceu paciente e continuou a confiar em Allah. Finalmente, a sua saúde lhe foi tirada. Ele foi acometido por uma doença de pele, sofreu fortes dores noite e dia e foi abandonado por todos que o conheciam, exceto sua esposa, que, pela misericórdia de Allah, ficou com ele mesmo quando não tinham dinheiro. Em nenhum momento Jó culpou Allah, e sua saúde, riqueza e família foram-lhe devolvidas. Um relato completo da história de Jó pode ser encontrado aqui.[1]

Adorar a Allah com total submissão requer paciência. É fácil adorar por alguns dias ou algumas semanas, mas devemos ser consistentes. A oração à noite requer paciência, o jejum exige paciência e viver com tribulações e provações requer paciência. É por isso que ouvimos muitas vezes que fulano e sicrano tem "a paciência de Jó". O próprio Profeta Muhammad, que a misericórdia e as bênçãos de Allah estejam sobre ele, sofreu de doença. Sua amada esposa Aisha disse: "Eu nunca vi alguém sofrendo tanto de uma doença quanto o Mensageiro de Allah". Para um crente, o sofrimento pode ser uma bênção. Ele sabe que Allah, em Sua misericórdia, expiará alguns de seus pecados se permanecer paciente. Na Sunnah, descobrimos que o Profeta Muhammad disse: "Nenhum muçulmano é atingido por danos por causa de doença ou algum outro inconveniente, sem que Allah lhe remova seus pecados como a árvore solta suas folhas”.[2]

Entre os sahabah havia muitos que foram severamente perseguidos ou mesmo mortos depois de se tornarem muçulmanos. O tio de Uthman o enrolou em um tapete de folhas de palmeira e acendeu um fogo embaixo dele. Quando Umm Mus‘ab soube da conversão de seu filho ao Islam, ela se recusou a alimentá-lo e depois o expulsou de sua casa. Bilal foi severamente espancado por seu mestre quando este soube de sua conversão ao Islam. Às vezes, uma corda era colocada em seu pescoço e meninos de rua arrastavam-no pelas ruas e subiam e desciam as colinas que cercavam Meca. Às vezes, ele passava fome, às vezes era amarrado e obrigado a deitar na areia ardente sob o fardo esmagador de pedras pesadas. Bilal sobreviveu e teve a honra de ser a primeira pessoa a chamar os muçulmanos à oração; sua história também pode ser lida aqui.[3]

Os problemas e dificuldades que às vezes surgem após a conversão ao Islam não são um indicador do caráter de uma pessoa ou um indicador do prazer ou do descontentamento de Allah. Eles são uma parte extremamente importante do teste que chamamos de vida deste mundo. Devemos suportá-los com paciência e gratidão, sabendo muito bem que nossas vidas reais ainda não começaram. Somente Allah conhece a sabedoria total por trás de porquê coisas boas acontecem com pessoas más ou por que coisas ruins acontecem com pessoas boas. Em geral, tudo o que nos leva a recorrer a Allah é bom, e devemos ser pacientes e agradecidos. Em tempos de crise, as pessoas se aproximam de Allah, pois Ele é a fonte de todo conforto e compaixão. Ele quer nos recompensar com a vida eterna e se a dor e o sofrimento podem nos levar ao Paraíso, as provações e tribulações são uma bênção. O Profeta Muhammad disse: "Se Allah quer fazer o bem a alguém, Ele o aflige com provações.”[4]

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