Milagres do Profeta Muhammad (parte 1 de 2)
Descrição: Duas lições que explicarão a natureza dos milagres, e alguns dos milagres realizados pelo Profeta Muhammad.
Por Imam Mufti (© 2016 NewMuslims.com)
Publicado em 12 Jan 2020 - Última modificação em 25 Jun 2019
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Objetivos:
·Aprender por que os profetas recebiam milagres de Allah.
·Compreender que o Alcorão é um milagre.
·Aprender os quatro aspectos milagrosos do Alcorão.
Um milagre é o que prova as afirmações de um Profeta de Allah. O Profeta Muhammad realizou uma série de milagres (que a misericórdia e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) para estabelecer a prova de sua profecia.
O Profeta do Islam disse:
"A todos os profetas foram dados 'sinais' pelos quais as pessoas acreditavam. De fato, foi me dado a Revelação Divina que Allah me inspirou. Assim, espero ter a maior quantidade de seguidores entre todos os profetas no Dia da Ressurreição.”[1]
O milagre do Alcorão
Brevemente, o milagre do Alcorão está nos seguintes aspectos:
A. Milagre da linguagem.
B. O milagre das profecias futuras.
C. Milagre da coerência interna.
A. Milagre da linguagem
A superioridade do idioma do Alcorão não pode ser plenamente transmitida ou compreendida em outro idioma como o português, porque faltam as semelhanças e a sofisticação do árabe clássico. É precisamente por esta razão que uma tradução do Alcorão não é o próprio Alcorão. Uma tradução transmite significado até certo ponto, mas nunca pode reproduzir a supremacia linguística do Alcorão original. Por isso, somos obrigados a limitar a nossa análise a uns poucos aspectos.
·Inimitabilidade das palavras e do significado
Toda a gramática, jurisprudência, sabedoria e filosofia árabe se baseiam no Alcorão. Por exemplo, os poetas pós-islâmicos pegavam emprestadas algumas palavras do Alcorão para tornar seus versos mais potentes, porque o Alcorão era considerado retoricamente insuperável. A profundidade, a sabedoria e a beleza de seu conteúdo não podem ser inigualadas. A diferença pode ser vista por qualquer um que compare o conteúdo dos textos bíblicos e outros textos religiosos com os do Alcorão.
·Inimitabilidade do estilo (aslub)
O Alcorão não segue as regras das rimas poéticas dos antigos árabes, porém o êxtase que produz é mais doce que a poesia. O segredo está na harmonia produzida pela disposição das palavras.
Quando os seres humanos repetem algo, perdem a força e o efeito. Por outro lado, a repetição alcorânica é igualmente enérgica e significativa sem perder sua doçura.
B. O milagre das profecias futuras
O Alcorão fez muitas profecias que se tornaram realidade. Nos limitaremos a análise de três:
As duas primeiras profecias são dignas de menção: a diferença de qualquer outra escritura do mundo, o Alcorão profetiza sua própria preservação sob o cuidado divino.
·Proteção do Alcorão de ser corrompido
O Alcorão faz uma afirmação que nenhum outro livro religioso faz: Allah manterá seu texto a salvo de modificações, Allah disse:
“Nós revelamos a Mensagem e somos o Seu Preservador.” (Alcorão 15: 9)
·Facilidade para memorizar o Alcorão
Allah fez com que o Alcorão fosse fácil de memorizar:
“Em verdade, facilitamos o Alcorão, para a admoestação. Haverá, porventura, algum admoestado?” (Alcorão 54: 17)
A facilidade com que se memoriza o Alcorão é inimitável. Não há uma só escritura ou texto religioso no mundo que seja tão fácil de memorizar; inclusive pessoas que não são árabes o memorizam facilmente.
Não só estão conservadas as palavras do Alcorão, senão também os sons originais destas palavras. Nenhum outro texto religioso tem sido preservado de maneira similar, uma afirmação que qualquer leitor atento pode verificar por si mesmo. Portanto, o Alcorão é inimitável em seu modo de conservação ao longo dos séculos, tal como profetizou e prometeu Allah mesmo.
·Dupla profecia
Antes do surgimento do Islam, os romanos e os persas eram duas superpotências rivais. Os romanos foram liderados por Heráclito (610-641 E.C.), um imperador cristão; enquanto os persas eram zoroastras, liderados por Khosrow Parviz (reinou em 590-628 E.C.), sob quem o império alcançou sua maior expansão.
Em 614 os persas conquistaram a Síria e a Palestina, tomando Jerusalém e o que se acreditava ser a Cruz de Cristo, e em 619 ocuparam o Egito e a Líbia. Em um esforço para aplacar os Avaros, Heráclito os encontrou na Trácia de Heráclito (617 ou 619). Eles tentaram capturá-lo, e ele voltou loucamente para Constantinopla, perseguido de forma implacável.[2]
Os muçulmanos estavam afligidos pela derrota romana ao sentirem-se espiritualmente mais próximos da Roma cristã do que da Pérsia zoroastra, mas os mequenses alegraram-se naturalmente com a vitória da Pérsia pagã. Para os mequenses, a humilhação romana foi um presságio sinistro da derrota dos muçulmanos nas mãos dos pagãos. Neste momento o que antecipou Allah, consolou os fiéis:
"Os bizantinos foram derrotados - Em terra muito próxima; porém, depois de sua derrota, vencerão, dentro de alguns anos; porque é de Deus a decisão do passado e do futuro. E, nesse dia, os fiéis se regozijarão, com o socorro de Deus. Ele socorre quem Lhe apraz e Ele é o Poderoso, o Misericordiosíssimo." (Alcorão 30: 2-4)
O Alcorão antecipou duas vitórias:
(i) A futura vitória romana em dez anos sobre os persas, algo inimaginável naquele momento.
(ii) A alegria dos crentes por sua própria vitória sobre os pagãos.
E assim se sucedeu.
Nas palavras de um erudito indiano:
"... uma única linha de profecia relacionada a quatro nações e ao destino de dois grandes impérios. Tudo isso prova que o Alcorão Sagrado é o Livro de Allah."
C. Milagre da coerência interna
Allah apresenta a coerência interna do Alcorão como prova de sua origem divina:
“Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem, que não de Deus, haveria nele muitas discrepâncias.” (Alcorão 4:82)
Uma pessoa que esteja familiarizada com as incoerências da Bíblia, por exemplo, pode apreciar a essência deste argumento. A diferença de outros textos religiosos, os ensinamentos do Alcorão sobre Allah, Moisés, Jesus, o mal, o Satanás e a vida após a morte são harmoniosos e consistentes internamente.
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