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Biografia detalhada do Profeta Muhammad: Período Medinense (parte 1 de 3)

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Descrição: Uma lição de três partes detalhando a vida do Profeta Muhammad depois de migrar para Medina até sua morte. Parte 1: Migração para Medina e alguns dos eventos que ocorreram logo depois.

Por Imam Mufti (© 2016 NewMuslims.com)

Publicado em 14 Jan 2020 - Última modificação em 25 Jun 2019

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Objetivos

·Aprender sobre a migração para Medina.

·Aprender sobre a primeira mesquita em Medina.

·Entender o vínculo da verdadeira irmandade estabelecida pelo Profeta.

·Aprender sobre a batalha de Badr.

Termos em árabe

·Adhan - A maneira islâmica de chamar os muçulmanos para as cinco orações obrigatórias.

Migração para Medina

Detailed_Biography_of_Prophet_Muhammad_(Madinan_Period)_Part_1_of_3._001.jpgO Profeta que a misericórdia e as bênçãos de Allah estejam sobre ele, deu sua aprovação para os crentes começarem a emigrar para Yathrib, que foi renomeada como Madinat-un Nabi (cidade do Profeta) ou apenas Medina. O povo de Quraish tentou impedir o maior número possível de muçulmanos, mas em um período de dois meses quase todos os muçulmanos deixaram Meca, enquanto o Profeta permaneceu com apenas alguns de seus companheiros. Finalmente, depois de vários dias de viagem pelo deserto, Medina estava à vista. A missão do Islam estava prestes a começar uma nova fase.

Chegada em Medina

O povo de Medina ouvira dizer que o Profeta havia emigrado e estava prestes a chegar. O primeiro lugar em que ele parou foi em uma pequena cidade chamada Quba, era um assentamento elevado a cinco quilômetros de Medina. Uma das primeiras coisas que os muçulmanos fizeram lá foi construir uma mesquita. Depois de completá-la, o Mensageiro de Allah foi para a cidade. Os medinenses saíram no meio da multidão para recebê-lo. Foi o mês de Rabi Al Awal, treze anos depois de receber a primeira revelação de Allah. Essa emigração marcou um novo estágio na missão do Profeta e se tornaria o ponto a partir do qual os muçulmanos começariam a contar seu calendário.

Primeira mesquita em Medina

A primeira ação realizada pelo Profeta foi construir uma mesquita onde os crentes pudessem se reunir para orar em comunidade. Essa mesquita se chamava "Mesquita do Profeta", mas não passava de um pátio cercado por paredes de barro e coberto com folhas de palmeira.

Em Meca, os muçulmanos não podiam rezar juntos na congregação, dado o perigo que isso implicava. Agora que essa ameaça havia desaparecido, as cinco orações diárias em congregação na mesquita foram estabelecidas. Bilal Ibn Rabah, que havia sido escravo, foi escolhido para ter a honra de realizar o Adhan. Toda vez que sua voz gritava "Allah é o maior!" as pessoas deixavam o que estavam fazendo e iam à mesquita rezar.

Enquanto a mesquita estava sendo construída, o Profeta viveu ao lado de Abu Ayyub al-Ansari, já que ele não tinha casa própria e se recusou a receber os presentes extravagantes de seus seguidores.

Irmandade verdadeira

Os muçulmanos que migraram assumiram o respeitoso título de "Os Emigrantes" (al-Muhajirun), porque abandonaram sua terra natal pelo bem do Islam. Os muçulmanos em Medina foram chamados de "Os ajudantes" (al-Ansar), porque ajudaram os primeiros a se estabelecerem em sua nova terra natal. O Profeta instituiu um pacto de fraternidade entre os dois grupos ao emparelhar um Emigrante com um Ajudante. O Ajudante compartilhava sua casa e seus pertences com seu irmão Emigrante.

Continuação das hostilidades

Os muçulmanos escaparam da perseguição em Meca, mas os Quraysh ainda estavam empenhados em destruir o Islam e os muçulmanos. Eles utilizaram sua influência na Arábia para impedir várias tribos de visitar Medina. Como não havia governo central na Arábia, tribos e comunidades se relacionavam através de alianças e tratados. Na ausência de qualquer um, isso significava que eles estavam potencialmente em guerra. Uma tribo só entraria em acordo se houvesse algum incentivo para eles. Os Quraysh, sendo a força poderosa que eram, não tinham nada a ganhar ao fazer um tratado com os muçulmanos.

O Profeta entendeu perfeitamente a situação, mas não pôde fazer nada até que os versículos foram finalmente revelados: “É permitido o combate aos que são combatidos, porque sofreram injustiça. - E, por certo, Allah, sobre seu socorro, é Onipotente.’” (Alcorão 22:39)

Antes disso, os muçulmanos não tinham permissão de revidar, mesmo em legítima defesa. É por isso que tantos muçulmanos foram torturados e humilhados em Meca. Agora, a permissão para revidar fora dada porque as circunstâncias haviam mudado.

Batalha de Badr

Os muçulmanos concluíram uma série de tratados de paz com várias tribos, mas o exército Quraysh (1000 homens fortes) e os muçulmanos (pouco mais de 300) se encontraram, cara a cara, em sua primeira batalha, em Badr (uma pequena vila a cerca de 130 quilômetros de Medina). Os muçulmanos estavam em menor número fisicamente, mas com a ajuda de Allah, eles conseguiram superar o exército dos Quraysh, que começou a recuar. Setenta idólatras foram mortos, enquanto outros setenta foram presos. A maioria dos líderes dos Quraysh foi morta naquele dia, incluindo o famoso Abu Jahl. Os muçulmanos só perderam cerca de catorze homens.

Tratamento de prisioneiros

Os prisioneiros de guerra foram algemados e colocados sob a responsabilidade de diferentes soldados muçulmanos. O Profeta ordenou que fossem tratados e alimentados bem. Alguns companheiros levaram as palavras do Profeta tão a sério que deram pão aos prisioneiros para comer enquanto eles se contentavam apenas com tâmaras. Os prisioneiros ricos foram resgatados, enquanto os cultos tiveram que ensinar dez muçulmanos a ler e escrever para garantir sua libertação. Enquanto isso, em Meca, os Quraysh estavam de luto por seus mortos e juraram que se vingariam.

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